Comerciantes e moradores de Maricá ficaram inseguros com o retorno à Bandeira Laranja de prevenção à Covid-19, que estabele medidas mais rigidas como fechamento de estabelecimentos, restrições de circulação de pessoas nas vias e praças públicas, além de barreiras sanitárias.
“Com essa mudança agora vou ver como vai ficar o lucro do meu estabelecimento já que não tive outra opção a não ser contratar um motoboy, pois além de trabalhar com a retirada vamos fazer entregas"
Natanael Araújo, de 43 anos, dono de uma cafeteria
Essa é a segunda vez que Natanael cumprirá as medidas no seu estabelecimento, já a ordem de fechamento acontece com menos de um ano das primeiras medidas de restrição.
"Tive um prejuízo de 50% já que os escritórios do prédio que ficam em cima do meu estabelecimento fecharam por não serem essenciais. Estou um pouco confiante com o projeto do delivery"
Dona de uma loja de roupas Maria Fernanda Conceição, de 38 anos, conta que não esperava fechar as portas novamente.
"Confesso que foi uma surpresa, não esperava ter que fechar logo agora que as coisas estavam voltando ao normal. As vendas estavam até melhores"
A comerciante confessou ainda que no início da pandemia, quando teve que fechar a loja, foi desesperador pois ela não sabia o que fazer já que sua única renda vem das vendas do estabelecimento.
"Foram 100% das vendas paralizadas já que eu não tive como trabalhar"
A dona de casa Marilza Reis, 48 anos, afirma que o 'lockdown' não é bom para a economia da cidade, apesar de ser uma medida necessária para a saúde de todos .
“Acredito que se tivesse uma fiscalização mais rigorosa no começo não iríamos chegar nesta situação”
Segundo o prefeito Fabiano Horta, ao longo da semana a saturação da rede municipal de saúde mostrou um nível alto chegando a 95%.
É permitido
Vacinação, funcionamento de hospitais e laboratórios, farmácias,
supermercados, postos de combustível, lojas de conveniência,
bancos e lotéricas, correios; açougues, aviários; hortifrutis, clínicas
veterinárias, comércios varejistas de alimentação animal e atividades
físicas individuais ao ar livre.
Com restrição - Bares, restaurantes, padarias, lanchonetes, cafeterias, docerias e similares, loja de vendas de autopeças, distribuidoras de água e gás, oficinas mecânicas e borracharias (somente agendamento individual e
com portas fechadas). Estabelecimentos religiosos (com 30% da
capacidade).
Não pode
Ficar sem máscara, festas e aglomerações, eventos sociais, permanecer em vias, áreas e praças públicas das 23h às 5h, comércios e serviços não essenciais, salão de beleza; academias, estacionar veículos na orla das praias (exceto moradores), permanecer nas praias, lagoas, praças e áreas de lazer, consumo de no bar ou restaurante; jogos de futebol.
Barreiras
Nesta sexta-feira (26) oito barreiras sanitárias serão instaladas em diferentes pontos da cidade, sendo em Ponta Negra (próximo ao acesso a Jaconé), Bambuí (na Avenida Antônio Callado), Serra do Lagarto, Ubatiba (junto ao módulo de segurança), Barra de Maricá (rotatória de Zacarias) e em três pontos de Itaipuaçu (rotatória da Avenida Gilberto Carvalho, Estrada dos Cajueiros e Recanto). No Espraiado e na praia da Sacristia (também em Ponta Negra) não haverá essas barreiras, mas o acesso de frequentadores mesmo a pé não será permitido.
As unidades vão funcionar com agentes durante o fim de semana e retornam na quinta-feira (1º), em razão do feriado da Semana Santa. Neste período, o acesso só será permitido se for comprovada a residência no município.
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